O cronograma para a Reforma da Previdência ficou ainda mais apertado com o adiamento das discussões para o ano que vem. Mesmo que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tenha marcada a votação para o dia 19 de fevereiro, dificilmente ela ocorrerá nesta data, devendo ficar para a semana seguinte. Além disso, o recesso resultará em natural desmobilização da base aliada. O trabalho terá que ser retomado no próximo ano, o que consumirá ainda mais tempo. O cronograma eleitoral é outro fator de dificuldade. A partir de março será aberto o período para que deputados possam trocar de partido sem risco de perda de mandatos. Será, portanto, um mês de articulações políticas. Alguns partidos, incluindo o PSDB, realizam prévias para decidir seus candidatos entre março e abril. E, em abril, haverá intensa troca de comando em postos-chave nos governos federal, estadual e municipal. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que decidirá em abril se será candidato à Presidência. Cerca de outros 17 ministros pretendem concorrer a algum cargo eletivo em 2018. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deixará o posto para se candidatar à Presidência da República.